segunda-feira, 3 de setembro de 2007

(In)Justiça Brasileira

Os que frequentam esse blog, devem ter percebido que minha opção por tê-lo é para escrever sobre assuntos que realmente gosto, fazer as pessoas refletirem sobre assuntos que muitas vezes passam batido. Ao contrário de muitos, não escrevo sobre política, economia ou atualidades. Não exteriorizo minha indignação, deixo pra vocês que escrevem tão bem sobre o assunto. Mas hoje farei uma exceção . Porque estou indignada. Quarta feira da semana passada aconteceu algo que pra mim é uma piada, um episódio que coroa e dá diploma a nossa Justiça de incapacidade e falta de seriedade. A decisão do Ministério Público em manter o assassino Thales Ferri Schoedl no seu cargo de promotor!Ganhando R$10 mil por mês. O jovem promotor, com notória fama de encrenqueiro matou em Dezembro de 2004 um estudante de 20 anos, após uma discussão. O dito cujo alegou que atirou em legítima defesa contra um grupo de pessoas que o ameaçavam e que teriam mexido com sua namorada. Ele até chegou a ser preso, mas (surpresa!) não foi julgado, não ficou preso e se não me engano ficou recebendo sua "merreca" sem trabalhar desde o crime.
Tudo isso é uma grande piada. Creio que muitos entre vocês também estão se sentindo como eu. A casa do promotor foi pichada com os dizeres "Assassino. Justiça. Ministério Público, a vergonha do Brasil", o que mostra a indignação e sentimento de revolta.
É inadmissível.

4 comentários:

seis passeios pelos bosques da ficção disse...

Acabei de ver no Jornal Hoje que ele foi afastado. Já é alguma coisa

Fábio Mayer disse...

O Conselho Nacional do Ministério Público afastou-o do cargo hoje.

A questão primordial é: como é que um indivíduo desses vai trabalhar para colocar marginais da cadeia, sendo ele mesmo acusado de assassinato?

É a tal coisa. No Brasil as pessoas saem da faculdade de direito e se matam de estudar até passar num concurso desses. De hora para outra, passam a ter um poder enorme e uma autoridade quase divina e geralmente não estão psicologicamente preparados ,porque não têm experiuência de vida. Daí são propensos a atos impensados, ou, o que acontece na maior parte dos casos, exercem mal os seus cargos, pois estou cansado de ver juízes e promotores que chegam nos foruns as 14:00 e saem as 17:00 e reclamam do excesso de trabalho.

Sou da opinião que para ser promotor de justiça, juiz ou delegado, e consequentemente ter direito ao porte de arma, o indivíduo deve comprovar pelo menos uns 5 anos de experiência jurídica, ou como serventuário da justiça ou da polícia, ou como advogado. Isso faria com que assumissem seus cargos com menos afã e mais parcimônia no trato com o poder que recebem.

Mas esse moço aí, deveria ser suspenso e ser julgado como um cidadão comum. Se inocente, volta, senão...

Ricardo Rayol disse...

ia comentar isso mesmo.

Ricardo disse...

Espero que o afastamento não seja temporário, como tanta coisa neste país.