sábado, 21 de novembro de 2009

Mais de um ano depois....

Então gente...tô aqui de novo. Deixei esse blog por motivos que nem sei. Minha amiga blogueira Ana, curious about), voltou a postar e isso me deu vontade de voltar também. So...here I am!
O que aconteceu nesse tempo: coisas boas e outras nem tanto.
-terminei minha pós;
-abri minha própria escola de idiomas;
-conheci pessoas interessante;
-estou bemmmm mais caseira;
- me viciei na Saga Crepúsculo (sei sei...torçam os narizes o quanto quiserem!);
- ví filmes fantásticos;
-nasceu meu sobrinho, filho da irmã do meu namorado;
-eles mudaram pra SP;
-meu namorado se mudou pra minha casa;
-meu irmão mais novo noivou;
....
-minha vó faleceu.

Choros, risos, tristezas....enfim.

Vou tentar ser mais frenquente nos posts de novo.

bjos a todos e bem vindos de volta.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Enfim...a estréia

Sexta feira 11/04/2008. O dia de minha tão esperada estréia nos palcos rsrs! Não foi nada traumatizante, pelo contrário, foi bem gratificante ver uma peça tomar vida. Acompanhar a criação do texto, opinar, pensar nos personagens, as características, a direção...as roupas. Enfim, jamais imaginei que poderia ser tudo tão difícil e complicado. Passei a respeitar muito mais os atores e os diretores mais ainda! Passei a ver o teatro com outros olhos, e ví que realmente é muito mais difícil fazer rir. A comédia é muito mais trabalhosa.
Eu me saí razoavelmente bem, me achei muito canastrona, mais com treino quem sabe poderia ser até mediana. Uma das meninas se animou até a fazer aula de teatro, eu não encaro por falta de tempo mesmo, seria muito difícil conciliar.
Foi mais uma experiência diferente que essa pós me proporcionou, foi muito legal mesmo. Agora...que venha a monografia!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Enfim chegou o dia da minha mais nova empreitada: a peça de teatro que eu tive que fazer pro meu curso de pós!
Quando a professora falou nisso pela primeira vez, há alguns meses atrás, eu não gostei nada da idéia. Apesar de ser professora, estar na berlinda todo o dia e me dar bem nas rodas de amigos, eu ainda mantenho parte da timidez que carreguei durante toda a minha infência e adolescência. Sou uma pessoa de perfil reservado. Então me assustei e me propus a fazer outros serviços, como iluminação, sonoplastia, figurino, etc. Mas todos os membros da equipe teriam que estar no palco. Então, o que fazer? Ora...o que sempre faço! Respirar fundo e encarar, achar um ponto por cima das cabecinhas na platéia e não olhar pra ninguém .Imaginar que todos são cabeças de couve-flor, né Ana? rsrs
Nossa estréia é sexta ou sábado. Estou tranquila, ensaiamos muito e está ficando bom. Meu papel é hilário, faço uma viciada em saúde, alimentação saudável e exercícios físicos. Bastante parecida comigo (com excessão dos exercícios).
Vamos ver no que vai dar....logo depois da "estréia" posto contanto como foi a exoeriência.
Até...
E como dizem no teatro: Merda!!!!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Bia num céu de diamantes


No dia 20 de março começou aqui em Curitiba o Festival de Teatro, que acontece todos os anos. Eu sempre vou, e dou preferência às comédias, musicais e dança. Quando peguei o programa desse ano, como sempre,várias me chamaram a atenção, mas uma em particular - Beatles num céu de Estrelas, realizado por um grupo de teatro do Rio de Janeiro e que usa as músicas do grupo como um roteiro teatral. Então mesmo sem ter companhia eu comprei dois ingressos, depois eu achava alguém pra ir comigo, o importante era garantir o ingresso, que com certeza seria muito disputado.
Eu tenho uma ligação especial com os Beatles. Desde pequena faz parte da trilha sonora da minha vida, pois meus pais viveram na época áurea do grupo, mesmo que bem jovens. Com o passar do tempo eu comecei a ouvir mais que eles, criando até uma espécie de devoção. Foi com as músicas do grupo que eu comecei a aprender inglês e me apaixonei pela Inglaterra.
O espetáculo foi no último sábado – 22 de março. Foi simplesmente EX TRA OR DI NÁ RI O. O cenário simples, quase minimalista. O figurino idem. Os atores/cantores com clara formação de canto clássico cantavam de uma forma linda, músicas velhas conhecidas minhas mas de uma maneira totalmente diferente. Acompanhados apenas por um piano, um violoncelo e percussão.
Normalmente eu não gosto de interpretações diferentes de músicas originais, de releituras, mas nesse caso foi uma surpresa agradável. Lucy in the sky with diamonds, quase à capela, Let it Be transformada em música romântica e Hey Jude, tão linda que tive que segurar o choro, por que essa tem um significado especial pra mim, pois quando eu morava na Inglaterra (nada mais nada menos que a terra deles!!) era essa a música que eu ouvia quando tinha saudades do meu irmão.
Interpretações teatrais, dignas da Broadway e do West End. Sopranos, contraltos, barítonos...interpretando músicas daqueles que revolucionaram o cenário musical com guitarras distorcidas nunca antes escutadas. Letras e músicas atualíssimas mesmo 40 anos depois de serem compostas e gravadas.
Enfim, foi emocionante pra mim que tenho como frustração não ter vivido naquela época. Um espetáculo que não esquecerei tão cedo.
Quanto à pessoa que foi comigo não poderia ser melhor!!! Meu irmão, que coincidentemente (ou não!) se chama Juliano!

domingo, 16 de março de 2008

Estou bem feliz! Ontem tive a última aula da minha pós graduação, e o fechamento foi com chave de ouro! Com um dos maiores nomes do estudo da leitura no Brasil (talvez até no mundo) a Dra. Eliana Yunes! Uma sumidade total!
Falta agora a apresentação da peça de teatro que nós teremos que escrever, criar figurinos, som e iluminação e é claro sermos as atrizes! Quando no começo do ano nossa professora de teatro (outra sumidade a Dra. Marta Morais da Costa) nos avisou que teríamos que fazer isso eu gelei. Apesar de ser professora, falante, sou bem reservada e ainda tenho traços da timidez que marcou minha adolescência. Mas agora estou super envolvida com a criação do texto e meu papel está definido! Estou totalmente ansiosa pra começar a ensaiar e fazer a apresentação! É claro que não convidarei ninguém, mas tenho certeza de que vai ser bemmmm legal. Até por que é uma comédia.
É o fim de mais uma etapa da minha vida. Falta a monografia e a banca - espero que não seja tão traumático!!
Boa semana

terça-feira, 11 de março de 2008

Cybervida

Tenho percebido ultimamente o aumento dos casos de pessoas que só mantêm relacionamentos através da Internet.
Em outras postagens falei do quanto a Internet pode nos ajudar, inclusive aproximar pessoas de discussões como fazemos nos blogs, como esse. Mas temos que ver que essa moeda tem dois lados. O que me espanta é o fato de muitas pessoas passarem muito tempo na net. Net vicia. É um vício moderno que na minha opinião pode minar os relacionamentos humanos, a amizade, o namoro.
Quantos não se visitam mais, não se telefonam, não saem porque falam demais pelo MSN e daí não existem novidades. Não tem assunto.
Vejo muito isso nos adolescentes. Eles se falam só pelo msn. Ao invés de marcar um cinema, ir ao shopping -coisa que eu fazia na minha adolescência. Sexta feira à tarde era sagrado: depois das aulas eu e um grupinho íamos ao Muller passear, conversar, paquerar.
Em tardes de domingo, quando estou em casa, vejo muitas pessoas on line. Em dias bonitos, ensolarados, trancadas em casa teclando, na maioria das vezes com desconhecidos, ou até com pessoas da mesma cidade. Por que não marcar alguma coisa, aproveitar o dia? Ahh eu saio mesmo que sozinha!
É claro, que o Msn é uma ótima solução pra manter contato com quem mora longe, mas devemos deixá-lo de lado um pouco e encontrar pessoalmente as pessoas. Deixar os assuntos, as novidades pra serem contadas cara a cara. Vendo as reações, as expressões. Risos de verdade ao invés do rs rs rs.
Bjos à todos

terça-feira, 4 de março de 2008

A evolução da arte e da demência de Vincent Van Gogh através de seus auto retratos












“Nós passamos toda a vida num inconsciente exercício da arte de expressar nossos pensamentos com a ajuda de palavras”

Vincent Van Gogh é considerado um dos grandes expoentes da arte do século XIX. Nascido em Groot Zundert, Holanda, em março de 1853 começou a atuar profissionalmente aos 15 anos de idade trabalhando para um comerciante de arte em Haia.
Quando se mudou para Amsterdã seu primeiro interesse foi tornar-se pastor e chegou a estudar Teologia, o que acabou afastando-o por um tempo das artes. Esse entusiasmo e dedicação à religião influenciaram sua pintura. Nesse período Van Gogh dedicou-se a pintar principalmente retratos de pessoas comuns, as telas são tecnicamente soturnas, onde se destacam as cores preto e marrom, que descrevem a realidade social e a sobriedade causada pela religião. É nessa época que começa a pintar seus auto retratos (retrato 1) que para ele eram uma forma de auto conhecimento. São muitos, onde o artista descreve seus variados sentimentos em diferentes momentos de sua vida.
"Eu quero a luz que vem de dentro, quero que as cores representem as emoções”
Devido ao seu entusiasmo causado primeiro pela religiosidade e depois pela arte, Van Gogh trabalhava freneticamente. Muitos acreditam que isso acontecia nos períodos de mania do pintor, que eram seguidos por períodos menos criativos de exaustão e depressão. A psiquiatria moderna o diagnosticou como bipolar, doença caracterizada pelas alterações de humor, a depressão e a mania, e que teve grande influência em suas obras. É possível ver em que estado emocional ele estava através de seus quadros.
Após chegar a Paris, em 1886, e da agravação de seu estado emocional, ele começou a ver na cor uma maneira de maior expressão e veículo da espiritualidade.
1888. Começa a fase caótica de matizes, que é sua maior virtude. A técnica do pontilhado dá lugar às características pinceladas rápidas e curtas, intensificando a marca do pincel. Aplicadas em cores puras, as pinceladas são justapostas lado a lado, como jorros de tinta.
Outra hipótese para os problemas psicológicos de Van Gogh é de envenenamento pelo chumbo contido nas tintas. Um dos sintomas é a diminuição das retinas que pode causar a ilusão de ver a luz em círculos. Isso pode ser visto em diversas obras como Noite estrelada .
No hospital psiquiátrico de Saint Remy, onde se internou por vontade própria após um período de depressão profunda, Van Gogh ficou muito tempo sem sair de seu quarto. E podia pintar apenas sua realidade, os auto retratos. Nesse período tentou dar à sua obra uma atmosfera mais serena, como o uso do azul. É o que acontece no auto retraro azul de 1888 (retrato 2) que tem o fundo coberto por espirais em tom azul e verde, nas mesmas cores de suas roupas, que se fundem. Destacam-se sua barba ruiva e o olhar fixo. Vincent mandou esse quadro para o irmão Théo, que o apoiou a vida toda, onde disse: "Espero que repares que a expressão do meu rosto se tornou mais calma embora o olhar esteja menos firme que antes, segundo parece".
Ainda em 1888, após um período mais depressivo, Vincent teve uma grande crise acompanhada de alucinações e tentativa de suicídio.
Em 1889 sua doença se agravou e foi internado na clínica psiquiatra Saint Paul, dentro de um mosteiro com um jardim que virou sua grande fonte de inspiração. As emoções em conflito e a imaginação acelerada intensificaram seu ritmo de trabalho, o que pode ser notado pela grande quantidade de quadros pintados nos seus últimos anos de vida. Em um total de 800 pinturas atribuídas a ele, 400 foram pintadas nos últimos três anos de vida. Era a maneira como ele lidava com a turbulência dos pensamentos e a inquietação causada pela doença.
No final chegou a usar a tinta diretamente do tubo sobre a superfície da tela, o que deixava a tinta visivelmente mais espessa, rude. As cores fortes, amarelos vivos e vermelhos intensos, criavam efeitos que expressavam sua inquietude.
Depois de uma briga com o amigo Gauguin, Vincent corta a orelha esquerda em um acesso de fúria. Mais tarde pinta diante do espelho esse que viria a ser seu último auto retrato onde é possível ver seu olhar de mágoa e melancolia. (retrato 3)
Mesmo sendo extremamente talentoso e tendo revolucionado a pintura, Van Gogh viveu na pobreza. Só virou celebridade após sua morte. Em vida vendeu apenas um quadro, mas hoje suas obras estão entre as mais caras do mundo, valendo verdadeiras fortunas e influenciando várias gerações de artistas.