segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Que me desculpem as feias, mas...




Nada mais me choca em relação a busca da perfeição física, a vaidade, principamente a feminina. Vivemos em uma sociedade que preza a beleza a seu extremo. Anúncios de emprego pedem: "pessoas de boa aparência". O que significa nas entrelinhas: "Se você for gordo(a), feio(a), nem precisa se dar ao trabalho de nos procurar!".
A indústria da beleza, centros estéticos, cirurgiões plásticos, não têm nada a reclamar. Os negócios vão bem, obrigado! Lí há algum tempo, na Época (não tenho certeza) que muitos médicos de especialidades diversas, estão migrando para a área da beleza. A pessoa que está aplicando seu botox, pode ter especialização em cirurgia do aparelho digestivo.
Alguns procedimentos até são necessários, não sou radical a ponto de dizer que apenas a beleza interior deve ser cultivada, eu mesma confesso destinar parte do meu orçamento a cremes e afins e uma lipo está em meus planos futuros. Não acho legal a pessoa vestir a personagem de intelectual e achar que isso basta. Tem gente que até pode achar apenas isso atraente, mas vivemos numa sociedade de consumo, na América Latina, uma das regiões onde mais se preza a beleza (visto que nossas misses e top models estão sempre em evidência)
Porém algumas pessoas exageram. Mulheres magérrimas que fazem lipo, narizes perfeitos que são modificados, papadas invisíveis que são removidas. Sem falar em meninas de 25 anos aplicando botox e de 15 turbinand0-se com diversos miligramas de silicone. Ví hoje uma "modelo" brasileira que está fazendo sucesso nos EUA, onde mora com o marido americano, justamente por carregar o título de uma das mais (se não for a mais) siliconada das Américas. Algo em torno dos 1.000 ml. Isso é, ela carrega um litro de Coca-Cola em cada seio! E pretende pôr mais! Isso traz muitos problemas, pra coluna principalmente. Mas vivemos em um mundo onde a saúde vem depois da beleza. Até mesmo as academias, que deveriam ser templos da saúde, viraram apenas responsáveis por modelar corpos e bombar os garotões.
Acho que regime, atividades físicas são em primeiro lugar uma maneira de buscar saúde, vitalidade e qualidade de vida. É lá que jogamos nosso estress e recarregamos baterias.
Mas o conceito de beleza muda muito. É só olharmos pra trás. Na Renascênça bonitos eram os roliços, as mulheres com formas generosas e homens barrigudos. Isso porque numa época de comida escassa, quem estava acima do peso eram os burgueses emergentes detentores das novas fortunas. Não perdiam tempo trabalhando. Logo, não gastavam suas calorias. Assim como as pessoas branquinhas, que não trabalhavam em plantações, não tinham suas peles queimadas pelo sol.Esse conceito de magreza começou nos anos sessenta com a inglesa Twiggy. E de lá pra cá é o aceitado pela sociedade.
Me lembro que quando eu era criança quando os mas velhos viam alguém fortinho logo iam dizendo: "Tá gorda, bonita, com saúde". Hoje sabe-se que a gordura é a principal razão de diversas doenças como diabetes, pressão alta, colesterol, consequentemente os responsáveis pelos ataques cardíacos. Mas existe o outro lado da moeda, a anorexia, a bulimia e suas consequências gravíssimas, problemas nos ossos, no estômago, queda de cabelo, e interrupção da mestruação. Acho que a principal exemplo nessa categoria é Victoria Beckam.
As meninas que cresceram brincando de Barbie a tem como um modelo de beleza, acreditem ou não. Mas a Barbie se fosse de carne e osso seria magra demais pra mestruar, não conseguiria viver com o IMC (índice de massa corporal, peso dividido por altura ao quadrado, sendo que o saudável é entre 20 e 25) que provavelmente teria.
Eu não sei até que ponto vale a pena. Mas todas as mulheres são de certa forma vítimas da beleza. Eu assumo ser uma delas, mas tenho meus limites. E creio que tudo que é demais é prejudicial. Devemos achar um termo saudável e que nos traga beneficios. Porque querendo ou não, como dizia o poeta, beleza é fundamental!

Agora me despeço pois irei almoçar minha alface antes de passar a tarde na academia!! =)

6 comentários:

Anônimo disse...

Não sei, mas meu palpite é que essa cultura da beleza perfeita, do peso exato e da moda a todo custo foi criada, não necessariamente nesta ordem:

a) pelos homossexuais masculinos que detestam mulheres (o que significa que nem todos os homossexuais masculinos, antes que alguém pense que estou sendo preconceituoso);
b) pelas próprias mulheres.

Sempre digo que homem de verdade (não aqueles babacas que lêem Playboy e acham que o mundo não existiria sem cerveja e boteco) gosta de mulher bonita, mas não faz a minima questão de mulher perfeita, até porque isso não existe. Homem de verdade gosta de mulher bonita, e beleza não significa perfeição absoluta.

Claro que a mídia também tem imposto esse consumismo, é doloroso ver meninas de 10 anos de idade trocando as bonecas por roupas de marca, e adolescentes de 15 anos falando em aplicar silicone. É o supra-sumo da estupidez humana modificar o corpo antes mesmo de completamente formado. Pior é que os pais panacas entram na dança...

Anônimo disse...

Também não compro esses conceitos esteriotipados. Pura balela. Perfeição é sentir-se bem consigo mesmo. O resto é bobagem. Boa semana.

Cadinho RoCo disse...

O ser humano tem enorme dificulade em conviver com seu maior legado, que é a liberdade.
http://cadinhoroco.loginstyle.com

Anônimo disse...

As mulheres não me interessam mas homens feios não estão com nada embora ainda tentem colocar güela abaixo um casal na novela da Globo , acho que no horário das nove que é um absurdo.Lázaro Ramos o Débora Falabela.Eu queria ver se fariam o contrário, uma mulher medonha com um homem bonito.

Ricardo disse...

Quem o feio ama, bonito lhe parece...

Anônimo disse...

sao mesmo feias as meninas




29 julho de 2008




sao asserio